Os estudantes do curso que se reuniram com Adeum voltaram de Salvador com soluções e esperanças de resolver o problema, mesmo que temporariamente. O secretário afirmou ser legal a abertura de uma licitação com caráter emergencial para a contratação de técnicos de estúdios comerciais, fora da UESC. Estes técnicos seriam deslocados e começariam a prestar serviços também na universidade.
Hoje, alunos e professores se reuniram com a vice-reitora, Adélia Pinheiro, para ajustar a questão e falar sobre a reunião na capital, porém, ninguém espera esta surpresa: a vice-reitora garantiu ser ilegal a medida orientada pelo secretário de educação e disse que a universidade só poderia fazer o contrário, contratar os estúdios mas sem a deslocação dos técnicos, ou seja, os alunos teriam que se deslocar da universidade para estes estúdios, o que, segundo os próprios professores, é absolutamente inviável.
O colegiado, então, com o apoio dos alunos, cancelou as disciplinas práticas do curso. Isto porque o conteúdo teórico necessário para que o conteúdo prático começasse hoje já foi todo transmitido. Agora o curso está diante de um empasse revoltante: a palavra de Adeum Sauer versus a palavra da reitoria. Isto porque o reitor da UESC, Joaquim Bastos, que agilizou tudo para que os estudantes se reunissem com Adeum Sauer, não de fez presente durante a reunião apesar de estar também no CAB (Centro Administrativo da Bahia) em Salvador. Só compareceu depois que o secretário já tinha se ausentado.
Na reunião de hoje à tarde o reitor também não se fez presente. Muitos professores manifestaram sua posição diante do problema. Foi questionado o porquê da reitoria não ter comunicado esta "solução" de contratar outros estúdios para o funcionamento normal do curso antes do início das aulas para que as devidas providências fossem tomadas. Adélia disse que a reitoria aguardava a aprovação do governo para realizar um concurso e que estava confiante de que a aprovação sairia a tempo. Porém, mesmo que o concurso fosse aprovado, devido aos procedimentos necessários para a execução do mesmo e contratação dos aprovados, os técnicos também não chegariam a tempo de cumprir com a carga horária das disciplinas.
Foi marcada para o dia 28 uma nova reunião dos alunos e professores com a reitoria. Foi solicitada a presença do reitor, porém, a vice-reitora disse que não poderia garantir que ele viesse afirmando que a agenda dele é muito imprevisível e que ele não podeira deixar de ir a uma reunião de emergência que fosse mais importante para se reunir com os alunos. Amanhã haverá uma assembléia às 14:00 horas dos alunos com os professores do curso para decidir quais providências tomar, que posição assumir de agora em diante.
O que mais revolta os estudantes é o descaso notável da reitoria para com os alunos demostrado várias vezes quando questionados sobre o por quê de não terem tomado uma providência quando a situação se mostrou extremamente grave deste novembro do ano passado. Na verdade, o problema existe desde 2007 e vem se arrastado até hoje, pois a reitoria só toma medidas emergenciais provisórias e em cima da hora, nunca uma medida definitiva. Além disso, existem informações fornecidas pela reitoria que são constantemente contrariadas, como, por exemplo, a impossibilidade de contratar os técnicos através do REDA, prática que é executada em outras universidades, como a UESB, que já está contratando os aprovados neste processo seletivo (http://www.uesb.br/ascom/ver_
Na verdade, as autoridades não tomam o partido dos estudantes. O que vimos nestes dias foi o reitor "passando a bola" para Adeum Sauer, e este devolvendo para a reitoria. Até para a contratação emergencial dos estúdios comerciais o colegiado necessitava de um documento enviado pela reitoria solicitando a contratação, no entanto, a vice-reitora afirmou que não enviou o documento porque julgou desnecessário uma vez que o colegiado sabia da situação. Mas como o colegiado assumiria uma contratação que deveria ser feita pela reitoria? São questões como esta que nos levam a lutar e pedimos o apoio da mídia nesta causa.
Agradecemos
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